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domingo, 3 de janeiro de 2010

Back home in a whole new year

So I'm back.
A viagem de regresso foi atribulada. Para começar, estava aterrorizada com a ideia de ultrapassar o peso permitido para a mala de viagem (20kg) e dado que comprei 295700 champôs e outros cosméticos (vá lá, são mais baratos e interessantes que cá, tive que investir!),prendinhas, roupa super fashion e a minha mãe ainda a querer me impingir com chocolates e pacotes de comidas instantâneas vegetarianas ("but darling, you don't have any of these things in Portugal, please take them! I don't think you're eating properly there , you've lost weight!"), o limite estava perigosamente comprometido. No dia anterior à viagem, lá forcei as coisas dentro da mala, como nos filmes, sentando-me em cima e gritando em desespero (de notar que a mala é cor-de-rosa, muito mais cutchy que nos filmes). Depois - the moment of truth - a pesagem da mala na balança minúscula, o momento que adiei o máximo possível para evitar ter que deixar alguma preciosidade para trás. Foi uma aventura tentar pesar a maldita mala, já que para a colocar na balança a jeitos, deixava-se de se ver o mostrador. A minha mãe lá tentou e triunfantemente anunciou : "Olha, parece que não ultrapassaste nada o peso, aliás... está estranhamente leve...." Achei isto demasiado bom para ser verdade, ao que vi que as rodas ainda continuavam no chão, a mala assentando confortavelmente em cima da balança sem pesar quase nada. O resultado final foi confuso, o mostrador tinha números minúsculos e a pesagem não se provou nada fácil, mas parecia que estava perigosamente próximo dos 20 kgs. Decidi deixar um casaco e umas camisolas de malha por lá, a minha desculpa era que já tinha criado imunidade ao frio lá e que dificilmente iria precisar delas no Algarve. Espero não estar errada., but hey,ao menos ainda tenho os meus champôs.

No dia da viagem, acordei às 3 da manhã para apanhar o voo das 6 e meia em Belfast. Praticamente quebrei os ossinhos do braço a carregar a malinha de mão, já que decidi colocar lá tudo o que era pesado para não comprometar a mala do porão , que POR ACASO ao entregá-la no check-in estava a 2 kg do limite máximo. Bolas, podia ter enfiado mais uns cremes.
Descabelada, cansada e com olheiras do tamanho do mundo, lá me enfiei no avião, sentando-me no lugar da janela, como eu faço sempre (senão não é igual!) e rezando para que tivesse sorte como na ida para lá e ninguém se viesse sentar ao meu lado. Tenho pernas compridas, a viagem de carro para o aeroporto foi apertada o suficiente, logo esperava que o voo fosse mais tranquilo e confortável. À medida que as pessoas iam passando eu dizia baixinho "please don't sit here, please don't sit here, oh damn not you, you're huge and I need space, please don't sit here - unless you're Johnny Depp of course, please don't sit here, you have a crying baby lady don't even think about it, I had 3 hours of sleep last night" e lá fui tendo sorte. Eu costumo ser muito amigável, mas precisava meeeeesmo de estar à larga. Quando a última pessoa embarcou e se sentou mais atrás de mim e as hospedeiras começaram o ritual do colete salva-vidas e da máscara de oxigénio (pessoalmente não acho que estejam a transmitir uma imagem de muita confiança no piloto, mas talvez seja só eu) achei que o dia finalmente estava a correr bem. Mas não. Ainda vejo o momento em câmara-lenta, quando um casal português entrou esbaforido e tipicamente atrasado (bem à maneira portuguesa), aproximando-se eminentemente da minha fila onde estavam 2 lugares muito convidativos e vazios. Sustive a respiração , seguindo-os com os olhar e ao passarem por mim sem parar, respirei de alívio. Depois, tal como num filme de terror, em que o assassino ataca quando menos esperamos, surgiram de novo ao meu lado, com milhões de casacos e cachecóis em cima e quando olhei bem vi que o homem era ENORME. Quer dizer, para meu eterno desgosto a estatura média de um português é de 165,5cm, e agora que me dava jeito um Frodo pequeno e leve para não me apertar muito, vejo um híbrido Hagrid-Hulk a cair desajeitadamente ao meu lado, seguido de uma rapariga que não parava de tossir. Fixe, será que dou muito nas vistas se pedir à hospedeira uma máscara cirúrgica? Ou então se eu agarrar no saco de enjoos e fazer uma cara muito doente? Muitas ideias passaram pela minha cabeça, mas no fim lá me tive de conformar e apertei as pernas o máximo que pude. Ok, lá se vai a ideia de a meio da viagem ir buscar o portátil e ver os Brothers Grimm. Ou de, sem dar muito nas vistas, me esticar discretamente pelos 3 bancos e dormir uma bela soneca.
Para piorar, punham-se a espreitar descaradamente pela MINHA janela (só eu é que posso agir como uma criança de 2 anos que nunca andou de avião) e , sacando de uma máquina fotográfica com ar muito avançado, ainda se puseram a filmar! Ou seja, no filme caseiro do homem Hulk e da namorada com H1N1, aparece uma loira com cara de poucos amigos a amuar no canto. Bonito.

Enfim, já estou em casa e acho muito irónico que na terra do sol esteja praticamente sempre a chover e que na Irlanda tenha chuviscado uma ou duas vezes no máximo durante os 10 dias que lá estive.
Apesar disso, it's good to be back. Agora esperam-me 2 semanas de tortura máxima de queima de pestanas. New Year's resolution? Não deixar o estudo sempre para a última. (Yeah, right!)

Um ano muito cor-de-rosa para todos :)
Xo, G.

Um comentário:

  1. LOOL

    Por onde quer que vás acontece sempre uma aventura! xD
    Nem nas férias descansas! =O

    Eu prometo que quando for rico te compro um avião privado com uma cadeira gigante para meter os pés e tudo! xD

    Bjinhoos**

    ResponderExcluir

Obrigada pela visita! ♥

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