A Pinkaholic é filha, mas é mais como se fosse mãe

Hello hello my sweeties!

Tenho andado um pouco desaparecida sim, passa-se o fim-de-semana sem "blogar" depois fico preguiçosa e vou adiando adiando até agora. Ponho as culpas na minha vida aborrecida e monótona.

Cá pelo mundo da Pinkaholic continuamos pobres, sem trabalho e sem motivação, mas lá me vou tentando entreter, seja a ver as minhas séries, seja a mudar os móveis de sítio pela casa toda e deitar milhentos sacos para o lixo e outros milhentas coisas atafulhadas em caixas no sótão.

A minha justificação é que preciso de "arrumar" a minha vida, primeiro por dentro, para depois ela se manifestar por fora? Faz sentido? Seja como for, sou uma grande apologista do Feng Shui, embora nunca o tenha aplicado a sério, acreditem que a maneira como a casa está disposta e se está mais ou menos desarrumada influencia muitooooo o meu estado de espírito. Não sou daquelas pessoas que está contente e zen estando sentada no meio de uma sala toda virada do avesso. Acabo por ficar stressada e não conseguir fazer nada de produtivo enquanto a divisão/casa continuar naquele estado.

A minha querida mãe, que para quem não sabe, vive na Irlanda, vem cá de fériazitas pela altura do meu aniversário (para a semana) com uma amiga nossa que é mais como se fosse da família. Vai-me fazer bem estar com pessoas aqui em casa, distrair-me e passear.

Estive a falar com a minha mãe hoje ao telefone e cheguei à conclusão que definitivamente ela está a passar uma segunda (ou será terceira já? Já lhe perdi a conta) crise de meia idade. Ligou-me a perguntar quanto tinha custado o meu piercing do umbigo quando o fiz há coisa de 7 anos atrás. Os alarmes soaram logo na minha cabeça : oh não, não me digam que ela está a pensar fazer o que eu estou a pensar???

Ao que ela me confirma que sim, que quer fazer o piercing e me diz - passo a citar - "Qual é o mal, filha??"

Ora eu já tenho má experiências no que respeita a manifestar a minha opinião relativamente às escolhas de moda/calçado/cores de cabelo e digo-vos: acabo sempre por ser a filha má que tem vergonha da mãe que tem. Que não é verdade, atenção!

Lembro-me claramente do dia em que a minha mãe foi pintar o cabelo, supostamente num tom qualquer avermelhado e saiu ROSA. ROSA CHOQUE. Ora eu não seria a Pinkaholic se não gostasse de rosa, mas tenho que delinear o limite quando toca a cores de cabelo de uma mulher cinquentona. Na altura andava eu no ciclo e lá apareceu ela para me ir buscar à escola, toda feliz da vida, com a sua cabeleira estilo Lili Caneças mas num tom rosa choque.

Não bastava eu, uma adolescente desajeitada, alta e sem formas definidas, com óculos à Harry Potter, ter a sua mãe doida varrida a atirar com as suas tentativas de retorno à juventude em plena escola cheia de gente.

Mais tarde, em sua defesa, a sua única resposta foi: "Mas a tua amiga Marta disse que eu estava muito fixe". (com o seu sotaque à "bifa") 

E pronto, caso fechado e arquivado, se as tuas amigas teenagers me acham fixes, então é porque é verdade e tu só me dizes o contrário porque tens vergonha da tua pobre mãe (seguido normalmente de um choro dramático).

Nem vou falar das vezes em que a minha mãe é que me tentava convencer a MIM para irmos à discoteca (mesmo sendo menor de idade), as vezes que a tive que aturar já com uns copos a mais no restaurante ou as vezes em que a tive que convencer que uma tatuagem de uma rosa no pé NÃO é fixe.

Portanto agora, tendo mais paciência e maturidade e já sabendo bem o que a casa gasta, atendendo a esta crise do piercing, digo apenas "Pronto mãe, certifica-te apenas que é um sítio de confiança e não uma lojinha escondida com ar dúbio num beco sem saída."